Temos andado a preparar
"terreno", (que é como quem diz, a preparar o meu coração lamechas e
chorão e piegas), para o que aí vem. Faltam dois dias, mais o fim-de-semana e... dá-se o
regresso à Creche. E não há alterações nenhumas. A Creche é a mesma, a Educadora
é a mesma, a querida auxiliar, que adoro, é a mesma, os amiguinhos os mesmos e
o Martim é o mesmo: não quer ir à escola, faz birra para ir à escola, chora
como se o estivessem a torturar e, escusado será dizer, isto consome-me até ao
tutano e faz-me sofrer por antecipação. Pois, a mãe também é a mesma.
Bem sei que me vão dizer
na Creche que ele fica óptimo passados dois minutos e meio de eu ter saído (se
tanto), que passa o dia na brincadeira e nem pergunta por mim, que corre tudo
lindamente, que come bem (e tudo e sem fitas), que gosta das brincadeiras e das
actividades que fazem, e que a valente parva sou eu que choro (sim, choro,
gozem à vontade) e sofro (sim, sofro quando o meu filho chora e implora para
ficar comigo, para não o deixar, para não me ir embora, sofro mesmo) e ando uns
dias completamente arrasada com isto tudo, de tal maneira que só me apetece mandar o trabalho e tudo o mais à fava, fazer uma escola em casa e deixá-lo
ficar comigo, debaixo da minha asa, do meu mimo, deste amor infinito, até ir
para a primária. Ou para a universidade. Ou para lado nenhum.
* na busca, incessante, pela felicidade dos filhos. Eu tenho, muitas.
* na busca, incessante, pela felicidade dos filhos. Eu tenho, muitas.