1. Ouvir boa música.
2. Ler um bom livro.
3. Ver um bom filme.
4. Fazer uma boa receita.
5. Planear um fim-de-semana de verão-no-outono.
Ler estas palavras que podiam, tão bem, ser minhas:
«Acredito que as mudanças certas {e
normalmente as mais drásticas}, são aquelas para as quais não há alternativas
viáveis.
Mudar
de vida a fundo, num processo que implica sofrimento para o próprio e para
outros, não é uma bifurcação com dois caminhos possíveis. Não é o mesmo que
escolher entre vários pratos numa ementa, entre dois destinos de férias, sequer
entre dois empregos possíveis.
As
mudanças que implicam dor {tantas vezes as mais transformadoras}, não são uma
decisão, mas uma estratégia de sobrevivência. São aquelas que, apesar do
sofrimento que implicam, têm o poder de nos salvar de uma asfixia lenta e
tantas vezes invisível, que nos vai apagando silenciosamente por dentro, mesmo
que aos olhos dos outros estejamos a cores.
Mudar
drasticamente {num processo que se quer consciente, é dessa mudança que falo},
não nos deixa margem de manobra. É como se fosse o fim de uma linha comprida
que já não tem volta atrás, mesmo que o retorno à casa de partida pareça
o mais confortável e o mais aliciante numa leitura em diagonal.»
[escrito pela minha querida, muito querida, Marta, no seu genuíno dolce far niente]
» créditos imagens | carissa gallo