Não fosse a constipação/gripe/faringite do Martim, e da mana, por mim teríamos passado o dia inteiro na praia. Precisava de mar e sol e sal na pele como quem precisa de ar para respirar e começar a próxima semana de energias renovadas. Não sendo possível e como acredito no ditado que diz que a melhor cura para tudo é sal (mar, lágrimas ou suor), levantei-me antes deles, equipei-me de força de vontade, música e os meus ténis de corrida e fui transpirar tudo o que não me pertence e não quero levar para o recomeço que chega amanhã, segunda-feira, dia 16 e tudo o que esta semana me reserva.
Não consegui correr a hora e meia que andei a vaguear pelo paredão. Alternei corrida com caminhada, sol na cara e o barulho dos outros que me fez desligar do barulho que trazia dentro de mim.
Não estou nova. Não consegui transpirar tudo o que precisava. Mas melhorei, muito. E sei que o resto ficará nos devidos lugares, com o sossego desta tarde, o Martim no meu colo e o poder de outra terapia, a que opera verdadeiros milagres em nós: o amor de um grande Amor.
