quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fala do Planeta Chucha

O Martim nunca foi miúdo de se apegar a objecto nenhum. Quando outras mães me diziam que os filhos dormiam sempre com um ursinho, um bonequinho qualquer, uma fralda, uma coisa da qual não se separavam, eu pensava que o meu filho era o estranho. Nunca teve um boneco favorito, nunca dormiu com nenhum e só agora começa a mostrar preferência por alguns brinquedos (os super heróis... que era só a última coisa que sonhava ter como habitantes na minha casa, mas enfimmmmmmmmmmmm). A chucha sempre foi uma espécie de salvadora dos momentos de crise. Birras, birras, birras e sono, sono, sono. Nada mais do que isso. Na Creche nunca usa a sua amiga, está o dia inteiro sem ela e até na sesta não há cá chucharia para ninguém. Mas a primeira coisa que me pede quando me vê ao fim do dia é a sua grande companheira. Parece que morre de saudades daquele bocado de plástico (às vezes chego a ter inveja da parvalhona da chucha, faz uma festa maior àquela parva do que a mim. sonso!) e de há uns meses para cá pede a chucha com mais frequência. Aliás, quando está em casa procura ter a chucha sempre por perto e nem sequer a usa para acalmar ou sentir conforto, brinca com ela, morde, torce-a toda, mas quer tê-la sempre por perto.
Digamos que somos chegados ao ponto certo em que precisamos (precisamos mesmooooooooooo?) de dizer adeus à pequenina chucha. Já começámos (pronto, começou o pai, eu sou uma mole do caraças, que querem) a introduzir o assunto do "ah e tal, filho, já és mais crescido e já não tens fralda e os meninos crescidos dão as suas chuchinhas aos bebés pequeninos que não têm e blá blá blá" e ele fica com o ar mais sério do mundo a olhar para o pai, a olhar para mim e faz sempre um comentário qualquer deste género: "e depois chegou o Homem de Ferro e o Homem Aranha e voaram até às nuvens e estava lá o Flash...". Ou seja, falem aqui p'rá mão.
Maneiras que a coisa não está fácil. Eu conto com a mega ajuda das minhas queridas Rita e Fernanda que sabem melhor que ninguém como apoiar nesta fase de transição e de separação de um elemento de conforto. Gostava que conseguíssemos regressar das férias sem a rançosa da chucha, mas também não quero que isto se torne numa situação de pressão e que o faça chorar, sentir-se triste, não entender (fala-vos a mãe galinha...).
Ando a recolher opiniões das minhas amigas mães e dicas para passar esta fase de forma suave e tranquila (o mais possível) para todos. Acima de tudo para o Martim. Bem, para dizer a verdade para mim também, que sou a mais difícil de "educar" nesta insistência em querer que ele se mantenha bebé (o meu bebé) só mais um bocadinho.
Mães...