quinta-feira, 21 de maio de 2009

O amor no masculino

Também é simples. Mas mais complicado. EJustificar completamenteles não trazem livro de instruções e são ambíguos (e dizem exactamente o mesmo de nós...). A maioria dos homens não avança. Ficam à espera para não terem de tomar decisões. Poucos são os que assumem o que sentem, quando sentem e como sentem. E dizem (eles) que muitas vezes é preciso descansar do peso do mundo do amor no masculino. Como aconteceu com o Oscar Wilde, que descansou do peso do mundo na prisão. Esteve preso dois anos por amor. E o mundo inteiro desprezou-o pelo amor que ofereceu a um monstro, que lhe roubou tudo o que tinha. E isto espantou o mundo, porque era um homem. E porque como era homem supostamente não devia sofrer por amor.
Não vou tão longe. Não os chamo de inimigo (como já ouvi). Acredito neles (é certo que numa minoria, mas ainda acredito). Talvez seja verdade que são de Marte (e nós de Vénus) e que por essa razão o entendimento nem sempre seja idílico. Mas quando olho para os meus pais, que estão juntos há 38 anos, vejo uma geração de homens (e de mulheres) que se entendiam. Às vezes de forma camuflada, às vezes a viver de aparência. É verdade. Quantas histórias já se ouviu sobre casamentos de aparência?
Não é, de todo, o caso deste meu exemplo de vida, de amor para a vida, de cumplicidade, de paciência (tanta), de cedência, de respeito, de amizade e de vontade. Vontade de ficarem juntos para sempre. Diz o meu pai que a responsável por esta força somada a dois, é da minha mãe, que tem uma alma de guerreira e que acredita que o meu pai é a sua alma gémea. A minha mãe sorri, enternecida, e diz que não, que a soma é dos dois e que são os dois que acrescentam valor todos os dias à relação.
E hoje foi assim. Hoje senti que ainda existem pessoas que me inspiram a acreditar. A acreditar que (ainda) é possível. E eu quero. Tanto. Acreditar.
(e hoje estou uma lamechas-melosa-pirosa do pior...)