"ah e tal tu é que vais para melhor, porque lá no estrangeiro eles respeitam muito a vida pessoal das pessoas e até correm com elas às 4 da tarde para casa, para que tenham vida além do trabalho e lá lá lá e vais partir naquela estrada, onde um dia chegaste a sorrir". Música, muita música foi o que me deram. Ou então é outro estrangeiro diferente daquele onde vivo, onde não tarda muito já confundo uma quarta-feira com um domingo, porque os dias são todos iguais: de trabalho. E mais trabalho. E montanhas de trabalho.
Hoje comunicaram aqui à Isaura (Isaurinha, vá) que vai trabalhar (e muito) amanhã e domingo. E é se queres. E eu vim para casa a matutar nesta bela vida de escrava e decidi manifestar-me. Vai daí, amanhã apareço lá com um tijolo ao ombro (aka aparelhagem), não pronuncio sequer um bom dia e toca de "botar" esta música a tocar aos berros e começar a cantar com esta bela voz que o senhor me deu. Depois quero ver o que me dizem. Ai quero quero.
Notita: a todos os moços e moças que trabalham aos fins-de-semana, quais Isauras como eu, quero dizer que nunca na vida estive tão solidária convosco! Esta malta abusa da nossa paciência, hã?
