sexta-feira, 10 de abril de 2009

Excesso de confiança ou excesso de estupidez?

Entrevista de emprego, fase final conduzida pelo director geral da empresa. Última pergunta: "tendo em conta a sua experiência e os projectos que tem desenvolvido, como se vê daqui a cinco anos?".
Resposta: "Daqui a cinco anos? Simples. Estarei, com toda a certeza, a ocupar o seu lugar".
Ehlá! Isto é a meretriz da loucura!
Confesso: eu gostei da confiança deste rapaz. Pode ser camuflada, pode ser estratégia, pode ser precisamente o contrário do que ele é e do que ele pensa vir a ser. Mas com as lenga-lengas que ouvimos sempre, (ah e tal, vejo-me a evoluir e a crescer como pessoa e profissional... please! isto é cliché do mais batido), convenhamos que isto é uma lufada de ar fresco numa entrevista! Ou não, pensa o dg.
É escusado dizer que aqui no burgo a doutrina diverge: a maioria achou que foi excesso de confiança que deu em estupidez, logo um tiro no pé para quem era um forte candidato ao lugar. A minoria, onde me incluo, acredita no potencial. É arriscado? É sim senhor. Pode ser avaliado como arrogante? Pode sim senhor. Mas tem ambição, convicção e desafio. Revela transparência intelectual.
Na minha perspectiva o fim é válido. Acredito que o que vai, de facto, fazer a diferença na vida deste rapaz, são os meios que escolherá para abrir caminho rumo ao sucesso profissional.
Como em tudo na vida.