quarta-feira, 15 de abril de 2009

A embalagem e o conteúdo

A embalagem pode ser fantástica, cintilante, com o maior laço do mundo, cheia de purporina e estrelinhas daquelas que usamos (errr... eu uso) no carnaval e passagem de ano, com o mais fantástico e mais cor-de-rosa-fucsia papel de embrulho, ursinhos e cavalinhos aos pulinhos e a cantar o atirei o pau ao gato, que eu não me deixo convencer by the look.
Agora em português:
as pessoas, de um modo geral, podem ser lindas, com traços perfeitos, altas, magras (pffff), bem vestidas e cheias de estilo (giraças, portanto), perfumadas e que usem acessórios bem combinados (sem parecer uma árvore de Natal), mas se o seu brainwear for desprovido de conteúdo é o chamado temos pena, bye bye, foste, tchau para ti.
Ah, dizem em coro: mas isso é o que todas as pessoas pensam. Ninguém gosta/se apaixona/casa/amantiza com uma Barbie ou um Ken. Em duas palavras: Men-tira! Há por aí muita gente (gentinha) que valoriza (sobrevaloriza) tudo o que as pessoas aparentam e se as ditas até souberem conjugar o verbo ser sem errar tá feito! Passaram no teste. Basta conseguirem juntar lé com cré e nada mais interessa. São giras, com aquele look que põe o resto da malta com torcicolos, é o que interessa.
Eu cá tenho a certezinha absoluta que os Kens estão para as Barbies como o pão está para a manteiga: foram feitos um para o outro. Pessoas fúteis, vazias, irritantes, peneirosas e convencidas estão out e até se dão bem umas com as outras - são do mesmo género (apesar de morfologicamente serem de géneros diferentes) e só estragam uma casa.