#da dor dos outros que é nossa
foi estranho
seguir em frente depois da tragédia que aconteceu em Pedrógão Grande. foi estranho
continuar com a nossa vida, com as nossas rotinas, com os nossos sonhos, com os
nossos planos, com as coisas de todos os dias, quando na vida de tantas pessoas
o mundo desabou e não voltou mais a ser igual.
ninguém
consegue sentir as dores que os outros sentem. mas todos podemos ajudar a
curar, a cicatrizar, a dar a mão para levantar.
# das
batalhas que se ganham com silêncio
todos nós
enfrentamos lutas e batalhas que ninguém sabe. todos nós temos dias em que
sorrimos por fora e dói tudo por dentro. todos nós temos medos, montanhas e
fantasmas para superar, guerras no lado de dentro que nos fazem doer mas que,
também, nos fazem crescer.
todos nós
temos dias em que a única coisa que precisamos de ouvir é silêncio. e respeito.
a
história de cada um não é a história de todos. ponto final.
# tantas vezes o óbvio é tão simples que (nos) confunde.
«O fim de
uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver
outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia
o que se viu de noite (...)
É preciso
voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao
lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.» | josé saramago |
» créditos imagem | her simplicity