quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

agradecer ❥

Ainda a estou a pairar no chão de nuvens onde aterrei ontem. Ainda estou a sorrir e a agradecer à vida pelo dia de ontem, pelo dia de hoje e por esta corrente de amor que me cerca. Ainda Lhe estou a agradecer (sempre) por ter trazido para a minha vida tantas pessoas de bom coração. Não só as que ontem estiveram numa Fnac do Chiado completamente cheia, as que esperaram tanto tempo na fila por um abraço e pelas minhas letras, mas também as que me enviaram mensagens, e-mails, fotografias com o meu livro, cartas e flores. Obrigada, muito, muito obrigada.
Foi uma noite muito bonita. Foi uma noite que não imaginei ser possível nem no melhor dos meus sonhos. Foi uma noite em que começou de manhã, com a surpresa dos meus Alpes em Lisboa, este meu núcleo duro dos afectos que, movido a amor incondicional e de orgulho ao peito, fez 4000 km num dia e meio ‘’só’’ para estar ao meu lado. São os melhores.
Foi uma noite em que reforcei as minhas certezas todas de ser a pessoa que sou pela soma dos afectos que recebo: todos os tios, todos os primos, todas as pessoas-raíz da minha vida estiveram ali, ao meu lado, comovidos, orgulhosos, tão felizes por mim. Foi uma noite de estar sempre de mão dada com as minhas melhores amigas, com o Pedro da minha vida, com a alegria infinita dos meus sobrinhos, com os olhos brilhantes de amor do meu tão doce filho, com o orgulho especial dos meus filhos-do-coração, e a uma distância que é apenas geográfica, a sentir o nervoso miudinho, e a força, a fé e a alegria da minha Maria preferida. Foi uma noite em que tive do meu lado esquerdo a Isabel Saldanha. A Isabel que é ao mesmo tempo a pessoa que me comove pela sua forma simples, honesta e bora-lá de ver a vida, e que, apesar de todas as solicitações que tem, não hesitou em dizer o sim mais entusiasta e feliz do mundo quando a convidei para apresentar o meu livro. Conquistou todos os que estavam naquela sala. Conquista a vida todos os dias.
Foi uma noite em que tive do meu lado direito o (enorme) Hugo Gonçalves, um dos melhores escritores portugueses, que vive na minha casa há tantos anos, e de quem tive a sorte de ouvir coisas tão bonitas sobre as minhas letras. 
Foi uma noite em que olhei para dentro de mim e disse-me obrigada. Porque tudo valeu a pena, porque tudo veio no tempo certo, porque tudo está certo.
E foi uma noite em que confirmei que a melhor Editora do mundo é a minha: a Marcador. E só o é pelas pessoas extraordinárias que lutam todos os dias pelos seus Autores. Ao João Gonçalves e à (minha) Marina Oliveira nem um milhão de obrigada-por-tudo serão suficientes para agradecer toda a confiança e fé que têm em mim.
Uma semana depois de ter sido posto à venda (5 de Dezembro), o meu livro querido está já em segunda edição. Esta sexta-feira é o meu aniversário. Este sábado apresento o livro no meu Porto. E tudo isto é uma forma bonita de celebrar a vida. Com a minha amiga Maria do meu lado esquerdo e com tantas pessoas queridas que, acredito, estarão à nossa espera para nos abraçar. 
Confirmei ontem a melhor das certezas que tenho desde que escrevo: há um fio invisível de amor que me une às muitas pessoas que gostam de mim. E é por isso, também, que sei que sou abençoada. E é por isso, também, que sou muito, mas mesmo muito, agradecida à vida.