o verão do outono. 
dias inteiros a deixar o sol entrar. dias inteiros a ceder à vontade do corpo em acordar de mansinho, a ceder ao
pedido da alma por este tempo de espreguiçar. 
respirei. fez-me tão bem parar. fez-me tão bem
sacudir a poeira dos dias, reorganizar prioridades, conjugar o silêncio
cúmplice, ouvir muito mais do que falar, deixar-me estar, deixar-me mimar. 
não há nada mais frágil do que um
coração fora de nós. mas, como em tudo na vida, um dia acordas, olhas e já passou, já sarou. 
é assim o verão do outono. chega para ensinar que (toda) a luz é uma bênção. e que
o essencial vive sempre do lado de dentro.   - ❥-
» créditos imagem | maria carmim
