1. para ouvir: uma banda que adoro.
2. para ler: uma escritora que me conquistou.
3. para fazer: esta receita feliz.
4. para seguir: um instagram muito bonito.
Palavras que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:
«As
pessoas que me inspiram são gente comum, daquela que todos os dias leva os
filhos à escola e gosta de pão com manteiga. Gente simples, mas com artes, que
faz magia ao converter em suficiente o quase nada. Gente que troca a abundância
regada a lágrimas e a bom vinho pela escassez de um brilho nos olhos e do peito
leve pela manhã.
(...) Gente que cuida, que
abraça, que põe brio no que faz e diz, e vibra com pequenas vitórias que para
outros são migalhas. São pessoas comuns, que nunca terão um artigo no jornal. Que, pouco a pouco e
em breves histórias, nos mostram o que é a superação. Com um denominador comum;
nunca se queixam porque há muito que a escolha foi viver, viver muito, viver
tudo e respirar cada minuto como se fosse o último. (...)
Não lhes damos o devido valor, mas, quando paramos para ouvir as suas
histórias, aprendemos que não há maior vitória que a de continuar a ser gente
quando tudo nos quer desumanizar – e que a gratidão, mais do que um estado de
alma, é uma forma de vida. A gratidão de sermos o melhor que podemos com todos
os recursos que temos, em nome de um deus interior que não conhece maior mantra
que o de dizer: “eu fiz, eu consegui, eu sou”.»
| texto de Elisabete Melo Coutinho para Maria Capaz |
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