terça-feira, 9 de junho de 2015

uma receita feliz & uma para ser feliz*

Aprendi que mais do que lutar contra os quilos a mais que a balança teima em acusar, é preciso (é fundamental, como diz a minha nutri) perceber de onde surgem os sinais de fome emocional. Picos de trabalho, fases de maior stress, uma perda, um período traumático, muitas mudanças na vida, dificuldades... uma lista que pode ser infindável e que só cada um de nós poderá identificar. 
Aprendi que a maioria dos sinais que sinto sempre que aparece uma vontade súbita de comer um doce (a minha compulsão) são sinais de dificuldade em lidar com o turbilhão de coisas que existem na minha vida e que vou aprendendo todos os dias a gerir. Nem sempre consigo. 
Mas vou aprendendo, com esforço, que o mais importante não é a pressa, a rapidez, a velocidade com que perdemos peso. Até porque essa rapidez pode surtir o efeito perverso. O mais importante (como em tudo na vida, acredito) é a direcção que escolhemos e o prazer que retiramos da viagem. Porque mais do que gostarmos do que vemos no reflexo do espelho, das roupas que assentam bem, da vaidade que, natural e legitimamente, sentimos, mais importante que isso tudo é aquilo que o espelho, os números, as roupas, os elogios, não mostram: como nos sentimos na nossa pele. Na nossa pele, não na pele que os outros gostavam de ver em nós. Naquela onde cabemos, encaixamos, nos moldamos e respiramos todos os dias. E sobre essa pele, para essa pele e com essa pele, só nós sabemos e sentimos o que realmente importa.


* repetir. repetir em voz alta.

» créditos imagem e receita do melhor crumble (autorizado) do mundo | food and cook