A paciência devia ser
ensinada na escola. Como se fosse uma disciplina, uma Língua Portuguesa ou uma
Matemática. Acredito mesmo que é tão (ou mais) importante saber ser paciente
como saber de cor a tabuada do sete ou a conjugação certa do verbo ser. Saber ser
paciente devia dar direito a um 20 para quem aprende a falar no tempo certo, a
avançar no tempo certo, a escolher no tempo certo, a zangar-se no tempo certo,
a amar no tempo certo, a proteger-se no tempo certo, a ouvir, a responder, a
calar, a chorar, a doer e a desapegar... tudo, no tempo certo.
Porque quem aprende a ser
paciente aprende, também a ser confiante. A ser seguro. A querer o bem. A plantar
o bem. E a saber que (só assim) o resto vem.
E é por isso que associo
paciência ao que é muito bom. E ao que gostamos e queremos muito. Associo a
maturidade, a cabeça arejada, a vida-bem-resolvida, a paz e muito amor-próprio.
Associo a tudo aquilo que ninguém ensina na escola e que se aprende (e recebe)
apenas de quem já foi obrigado pela vida a olhar para os dias com sabedoria dentro.
As coisas podem ser sempre
melhores. Tenhamos nós a dose certa de paciência para as saber esperar.
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