quinta-feira, 4 de junho de 2015

num mundo particular*

A paciência devia ser ensinada na escola. Como se fosse uma disciplina, uma Língua Portuguesa ou uma Matemática. Acredito mesmo que é tão (ou mais) importante saber ser paciente como saber de cor a tabuada do sete ou a conjugação certa do verbo ser. Saber ser paciente devia dar direito a um 20 para quem aprende a falar no tempo certo, a avançar no tempo certo, a escolher no tempo certo, a zangar-se no tempo certo, a amar no tempo certo, a proteger-se no tempo certo, a ouvir, a responder, a calar, a chorar, a doer e a desapegar... tudo, no tempo certo.
Porque quem aprende a ser paciente aprende, também a ser confiante. A ser seguro. A querer o bem. A plantar o bem. E a saber que (só assim) o resto vem.
E é por isso que associo paciência ao que é muito bom. E ao que gostamos e queremos muito. Associo a maturidade, a cabeça arejada, a vida-bem-resolvida, a paz e muito amor-próprio. Associo a tudo aquilo que ninguém ensina na escola e que se aprende (e recebe) apenas de quem já foi obrigado pela vida a olhar para os dias com sabedoria dentro.

As coisas podem ser sempre melhores. Tenhamos nós a dose certa de paciência para as saber esperar.

» créditos imagem | às 9 no meu blogue