Damos por nós a usar clichés sobre o tempo. Porque «o
tempo voa» mesmo. E nós, que andamos tão envolvidos nos projectos que temos
para este ano, nas idas e vindas ao alentejo, no caminho imenso que temos pela
frente e na certeza constante que as nossas três (+1) maiores prioridades na
vida nos exigem, que o tempo parece mesmo voar.
E vamos usando das mesmas estratégias que nos mantêm «firmes
e constantes» há mais de uma mão cheia de anos. No meio da velocidade dos dias,
vamos fazendo paragens às quais nos obrigamos. Vamo-nos lembrando de como são
fundamentais, de como são imprescindíveis para quem quer ficar juntos até
velhinhos, para ir alinhando e ajustando o caminho que percorremos juntos, para
ir tomando sempre consciência que a vida a dois dá trabalho, exige sacrifício,
paciência, espaço e ar, e muita prática dos verbos dar, estar, ouvir, querer (e
crer), ceder e aceitar.
Continuamos a sentir que é muito bom saber para onde
voltar em cada final de dia. Que é muito bom ter aprendido a não viver a felicidade à
pressa. E que é muito bom sentir no nosso plural que acreditamos viver o
amor-para-sempre. Provavelmente, é esse o nosso segredo.
» créditos imagem | rodrigo graça