quinta-feira, 19 de março de 2015

o pai cá de casa

O pai cá de casa acorda os filhos com mimos. Veste, dá cereais, apressa-os, prepara lanches, veste casacos, leva-os à escola, despede-se deles com o maior abraço do mundo.
O pai cá de casa volta ao final da tarde para ir buscá-los. Cedo o suficiente para jogar à bola, fazer surf, andar de bicicleta - um dia para cada um. 
O pai cá de casa prepara banhos, prepara o jantar sempre que é preciso, ajuda os manos nos trabalhos de casa, faz com eles a rotina antes de dormir, lava dentes, conta história, conversa, faz perguntas antes dos testes, ralha quando é preciso, faz ataques de cócegas, dá muitos beijinhos, muitos abraços, todo o amor que tem no coração. Passa das onze quando o pai cá de casa consegue sentar-se no sofá. E respirar fundo. 
Temos muita sorte cá em casa. Porque o pai é, tantas vezes, pai e mãe. E enche-me de orgulho, muito orgulho, pela pessoa bonita e constante que é. Apaixona-me por muitas, muitas coisas. Mas, acima de tudo, por ter conseguido tornar esta família imperfeita, numa família feliz.