2.
Sair para jantar.
Palavras
que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:
«sinto hoje,
que o amor é a nossa base, é a estrada, é o caminho de alcatrão, forte, duro,
que aguenta a noite escura, as discussões, os afastamentos. sim, o amor dá-nos
esse caminho, mas é a paixão que dá a gasolina, a energia, a força. as noites
passam, mas tem de vir o sol, esse calor que não se toca, para aquecer a sério.
o amor prepara-nos, segura-nos. mas é a paixão que nos desperta, que nos faz
avançar. por isso, preciso de manter este estado permanente de te querer a toda
a hora, de suspirar pela mensagem minutos depois de desligar, de precisar do
teu abraço todos os dias, até desta coisa física de te amar o corpo, estejas
junto ou longe. ou, de apenas conseguir dizer-te adeus sossegado, depois de te
soltar uma gargalhada. paixão pode não ser andar sempre nas nuvens, feliz, aos
pulos, de peito cheio. porque não dá sempre - mas é sempre ter a certeza de
querer esse estado. de correr para lá, de ansiar por chegar lá. é viver, todos
os segundos, com aquele torpor de impaciência de chegar ao outro. isso sim, é
estar apaixonado. explica-se? não.. ainda bem.»
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[a contar os dias para a Primavera e para voltar à maravilhosa Cerca do Sul]