sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Uma esperança que não desilude

Com o aproximar de um ano novo, gosto desta pausa a que nos obrigamos. Paramos, saímos, desligamos do mundo. Reflectir é palavra de ordem. Olhar para o que fomos e para o que foi, para o que somos aqui e agora e o que queremos continuar a ser, a melhorar e a mudar.
Fazemos um balanço interior. Conferimos e agradecemos a vida que temos, damos valor às coisas boas e também às menos boas, as que nos fizeram crescer e valorizar todas as outras. Reparamos melhor na vida que corre apressada e reforçamos esta nossa alegria pela liberdade de escolha, de poder recomeçar em cada dia, em cada semana, em cada mês, em cada novo ano. 
O tempo do advento é uma espécie de estado de graça. Fechamos um ciclo e começamos outro, com tantas folhas em branco, tantos dias para encher de vida, de sentido do essencial.
No fundo, procuramos sempre a mesma geometria simples: um presente para viver, um passado (que nos ensinou) para agradecer, um futuro para esperar. Objectivos que nos apaixonam e entusiasmam a seguir em frente todos os dias, uma família para amar incondicionalmente, muita esperança e fé nesta vida que sabe sempre como nos surpreender, se soubermos confiar no tempo que é o seu.
E olhamos para a frente com serenidade, com a certeza de que mesmo sabendo que nem sempre foi, é ou será perfeito, há em nós uma vontade férrea de festejar a vida em cada pequena coisa. No muito que somos, com tudo o que temos. E num equilíbrio que nos faz tão bem.
Dezembro. O mês que é sempre e para sempre uma promessa de sol cá dentro. De renovação, de amor e de conciliação.
» créditos imagem | dolly and oatmeal