Ainda bem que os planos mudam.
Ainda bem que as agendas se trocam quando gastas e nos fazem esquecer as vezes
que falhámos, tentámos e falhámos de novo até acertar o passo. Que nunca nos
esqueçamos das lições de humildade que as nossas quedas nos ensinaram.
Ainda bem que o amor continua a
ser o que faz o mundo girar. Ainda bem que essa coisa do desígnio, do destino,
não é exactamente como nós o traçamos, o queremos, o idealizamos. As surpresas
[boas] acontecem e as pessoas mudam, transformam-se, crescem e encontram a
linha do plano que lhes faltava para que, no final, tudo bata certo. Ou mais
certo.
Claro que há dias em que apetece
muito voltar no tempo. Há dias em que apetece fechar na concha e ficar por lá
sem tempo definido para sair. A ansiedade e a busca da perfeição vão existir
sempre dentro de nós e há dias em que precisamos somar certezas daquilo
que queremos e de tudo o que não queremos.
Felizes dos audazes. E dos
que têm coragem de dar um passo atrás, de admitir que estavam errados, de pedir
desculpa, de hastear a bandeira branca, de acabar com o braço-de-ferro, de
chorar tudo de uma só vez e de, mesmo com uma cicatriz a mais, ir buscar forças para reaprender a ser
feliz, reaprender a dar uma nova oportunidade a si mesmos, à vida, aos outros, a um novo amor, e ao coração, aberto à esperança num novo «era uma vez».
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