segunda-feira, 1 de setembro de 2014

No interior do doce Alentejo



Esta casa de campo podia muito bem ser a que fomos conhecer há dias. No interior do Alentejo, numa viagem ao baú das memórias de quem tem como herança os melhores momentos de uma vida num lugar de paz.
Como nesta casa, tivemos dois dias de tanta coisa para escolher, para limpar, para transformar, para renovar, dar cor, amor, luz, fazer nosso. Deliciei-me com as loiças antigas, maravilhosas, com os louceiros robustos e cheios de histórias, com os linhos impecavelmente guardados em malas de viagem antigas e tão bonitas. Toalhas bordadas à mão, com um amor a esta arte que é cada vez mais raro, dezenas de peças de esmalte, que são a minha paixão, talheres antigos, quadros, uma salamandra linda que só penso em recuperar e aproveitar nas noites frias deste profundo Alentejo.
Bocadinhos de uma vida rural, dura, de muito trabalho, muito sol na pele, muitas rugas na alma. Uma vida de campo, que de tão simples e significativa (porque é um regresso a casa) serena o meu coração, ao mesmo tempo que fá-lo bater com mais força e vontade que este agora que estamos a viver, seja uma boa viagem rumo ao futuro que começa já amanhã.
» créditos imagens | farm house