«Gosto da surpresa dos dias, das
coisas que não planeamos, dos instantes que acontecem sem que os tenhamos feito
acontecer. Gosto desta conjugação cósmica, milimetricamente conjugada, que nos
faz encontrar uns e desencontrar de outros. Há momentos em que tudo se junta e
volta a fazer sentido só porque duas pessoas se cruzam no lugar mais improvável
de todos. O único onde ninguém encontra ninguém pela simples razão de que é
caminho de muito poucos. Não sei o que certas coisas querem dizer, mas sei que
são sagradas, e, por isso mesmo, guardo-as como tal. Falo de coisas simples,
como o olhar limpo, a verdade pura, o
riso claro, a intimidade recta, e respeito fundo. Falo da substância do amor.»
» laurinda alves | coisas da vida