quarta-feira, 4 de junho de 2014

Emergir*, uma espécie de balanço

Há os dias em que parece que nada faz sentido. Os dias cinzentos, os dias opacos, os dias de neura e de qualquer coisa que sentimos e que nem sabemos explicar bem o que é. E depois há os outros, em que a vida volta a encaixar tudo nos devidos lugares.
E se é verdade que as perguntas mudam constantemente de tempo e de lugar e que nos obrigam a procurar as melhores respostas para lhe dar, há uma que deve permanecer inalterada no espaço e no tempo: o Amor. Só ele pode ser sentido de forma segura, forte e serena, cá dentro. E é tão importante lembrar (em modo exercício diário) as razões que nos fizeram apaixonar um dia. Porque a vida é feita de pormenores, de muitos momentos de aprendizagem, de sinais que nos dão certezas, de palavras que nos enchem o peito de ar e nos ajudam a respirar fundo. Nestes momentos, em que fechamos os olhos, respiramos fundo uma e outra vez, sentimos a nossa pulsação primeiro descompassada, depois serena, os pensamentos alinham-se e temos, de novo, a certeza, a maior certeza de todas, que a vida depende, em tudo e acima de tudo, das nossas escolhas.

*emergir
 v. intr.

1. Sair de onde estava mergulhado.
2. Despontar, elevar-se.
3. Assomar, manifestar-se.
4. Acontecer; ocorrer; resultar.
5. [Física  Sair (de um meio depois de o ter atravessado).