Que alguém inventasse, assim num instantinho, uma espécie de space shuttle* para que eu pudesse dar um pulo até aos Alpes e voltasse. Só para atenuar um bocadinho estas saudades que hoje decidiram fazer mais mossa do que o habitual. Não que não as sinta sempre, que sinto. Mas vou conseguindo empurrá-las para dentro de uma caixinha e, com muito jeitinho, peço-lhes que fiquem por lá, que me deixem focar e concentrar e que sejam generosas comigo, para que possa continuar esta jornada grata a tudo o que tenho aqui.
Mas há dias, oh se há dias, em que a saudade aperta, mas aperta tanto que eu só queria poder fechar os olhos e voar até lá, encher de abraços quem mais amo, inspirar um bocadinho de tudo o que me faz falta e depois voltar, mais leve, de coragem reforçada e energias renovadas.
Um space shutle, era isso mesmo.
*[ou uma companhia low-cost, verdadeiramente low-cost. coisa que é, cada vez mais, uma verdadeira utopia.]