domingo, 18 de maio de 2014

Domingos que parecem segundas-feiras

Hoje tenho mais meio dia de formação. Quatro horas puxadas ao limite do esforço e da capacidade de síntese. A torcer para que corra muito bem e que daqui se abra mais uma porta. Adorava.
Depois começamos a maratona de horas de estudo e revisão da matéria com os manos. Há duas semanas das duras pela frente. Testes todos os dias, matérias das mais simples às verdadeiras dores de cabeça, muitas horas roubadas ao sono para ajudar com mais exercícios para o dia seguinte, as correcções dos exercícios daquele dia, testes e fichas de avaliação que os preparem para os verdadeiros testes, planos que ajudem a motivar, uma mensagem diferente em cada dia e todo o acompanhamento, dedicação e paciência. Às vezes não é nada fácil, para eles e para nós.
Os serões são feitos a cinco até o Martim ir dormir e a casa ficar toda em silêncio. Ficamos os quatro a estudar, o pai com o mano, eu com a mana. Voltamos atrás no tempo (ou damos muitos passos à frente do nosso tempo, porque há matérias completamente novas) e ganhamos entusiasmo com as pequenas conquistas deles, as pequenas vitórias do dia-a-dia. Sobretudo, quando passam pelo reforço positivo, o reconhecimento do empenho e do esforço por parte dos professores. Faz toda a diferença. O estudo ganha cor, a vontade ganha tamanho e os resultados aparecem. Para todos.
E depois já tarde, mesmo muito muito tarde, há o nós. Que neste momento é mais pequeno do que gostaríamos.  Ainda assim, continuamos a acreditar (como sempre e como as circunstâncias até aqui nos têm mostrado ser verdade) que a qualidade do tempo em que estamos juntos e a forma como aproveitamos ao minuto esses momentos nas mais pequeninas coisas, têm sido uma verdadeira lição de vida e uma das nossas melhores armas para manter até hoje este amor, que nos enche o peito de força e coragem e  nos une cada vez mais.

créditos imagem | vt wonen [e a sala de formação que gostava de ter]