sábado, 1 de fevereiro de 2014

Sábado

O primeiro de Fevereiro. Com trabalho, a acordar cedo, tão cedo como durante a semana. Não me importo. Não me importo mesmo. Compensa. As pessoas que têm feito parte das minhas manhãs de sábado têm compensado as horas que roubo à família, àquele bocadinho de preguiça do fim-de-semana, à calma do pequeno-almoço todos juntos, ao sol da minha linda varanda e a estes bocadinhos de vida tão boa. Compensam e compensam muito. 
Ainda cheguei a tempo de terminar as compras com eles, no nosso mercado, a escolher os meus legumes, as frutas e as flores (a parte que mais gosto) e a receber mimos destes miúdos que são o melhor da nossa vida. Ainda tive tempo para preparar um almoço com um peixinho fresco, tempo para namorar as primeiras amendoeiras em flor, tempo para namorar um bocadinho o meu Amor-cúmplice, mimar a nossa casa (e fazer mais mudanças, o costume), tempo para brincar com o Sal, deliciar-me com a alegria dos miúdos com este mano de quatro patas, e tempo para respirar fundo e renovar a força de uma gratidão sem fim por tudo o que tenho de bom.
A lei da compensação, por um Janeiro mais cinzento do que solarengo, ajudou a fazer as pazes com o arranque do ano com uma surpresa boa em forma de email e outra em forma de mensagem. Primeiro o meu muito querido Miguel Esteves Cardoso (nem tenho palavras para agradecer!), depois um elogio que me deixou a sorrir (ainda estou) do adorável Pedro Ribeiro. Perdoem-me a vaidade, mas há um orgulho imenso contido nesta partilha. Muito (confesso) pela deliciosa massagem ao ego que recebi, mas acima de tudo pelo elogio à amizade incondicional da minha querida, querida amiga Joana.
A lei da compensação funciona. E funciona sempre. E muitas vezes as maiores mudanças são precedidas de caos. Não perder o foco, não largar a mão, não ceder à pressão. A bonança chega. Chega sempre.