sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Querido Sal

Esta foi, sem dúvida, uma das melhores mudanças na nossa vida. O Sal é a coisa mais querida do mundo, andamos todos derretidos com ele e eu dou por mim, quando ando em correria, a pensar como estará, a fazer o quê, fica tão triste quando saímos todos. Dá pena.
Mesmo nos dias em que encarna o Marley (o pior cão do mundo) e faz uns valentes disparates é perdoado 30 segundos depois. Não lhe resisto. A patetice é normal para os seus (apenas) dois meses, é preciso imensa paciência, contar até mil e limpar, limpar, limpar. E já está muito melhor (mas não é graças a mim, sou uma choné a ralhar com ele, não me liga nenhuma).

Continua a morder-me as mãos mal o dia nasce e a puxar-me da cama para vir para a sala brincar com ele. Corre que nem um desalmado pela casa toda, faz do tapete da sala o bunker dos sapatos todos que vai roubar, às 7 da manhã tem ainda mais energia do que o Martim; não nos larga os pés um minuto. Puxa, morde, salta-nos para o colo. Pede mimo, atenção, comida e começa a perceber (melhor) as regras da casa. Por ele passava os dias inteiros na varanda, ora na da sala, ora na do nosso quarto, cheira o ar, observa, rói as franjas dos tapetes, assusta-se com algum barulho mais forte e quando se sente sozinho, sem algum de nós por perto, vem confirmar se ainda estamos por casa.
É o melhor amigo do Martim, a paixão da Madalena e o companheiro de estudo do Rodrigo. É um amor querido, um mimoso que conquista qualquer pessoa.
Pequenino Sal. Adoramo-lo de paixão.