terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Querido Sal

Sei que às 6 da manhã tenho de me levantar para lhe abrir a porta e ir controlar se faz o que tem a fazer no sítio certo. Sei que na maioria dos dias já não volto para a cama. Sei que gosta de brincar pela aurora, que me morde os pés, as calças do pijama do quarto até à cozinha. Sei que todo o tempo que estiver em casa ele está perto de mim. Em cima dos meus pés, de preferência, ou ao meu colo, como mais gosta. Sei que gosta de mim, que me reconhece, que me dá beijinhos e que sabe que sou eu quem o mima mais. Adoro-o.
Sei que faz ar de mimo e de choro e de uma tristeza sem fim quando saio de casa e lhe digo "o Sal fica" e fecho a porta da cozinha. Corta-me o coração ouvi-lo. (quase tanto como quando deixo o Martim na Creche a chorar porque quer ir comigo para o trabalho e "eu ajudo mamã e eu porto-me bem e eu quero ir contigo". passados 2 minutos e meio a Educadora envia sms a dizer que o grande sonso já está a brincar com os amigos. com o Sal é o mesmo, fico à porta para ver quanto tempo chora - e se vou ter chatices com os vizinhos - mas ele cala-se passados 30 segundos de bater a porta e quando chego está sempre na sua cama a dormir, um sornas).
Sei que esta família jamais seria a mesma sem o Sal, e sei que este querido cão, que tem momentos de ser o pior cão do mundo (como o Marley, do filme), quando encarna o porquinho Babe e faz disparates onde não deve, é outro grande amor que já ocupa uma boa parte do meu coração. Do coração de todos.