quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mudar a casa


Planos no curto prazo: mudar o chão da cozinha (branco, madeira, era o que me faria feliz; forrar os quartos de sizal ou juta e lã (fica lindo!), pintar e restaurar uma mesa, forrar uma parede com papel, trocar os quartos dos miúdos.
Ansiamos pela Primavera, pelo sol, pelos dias bons. Esta é uma espécie de renovação da pele que se prolonga no tempo. Faz-nos tão bem, deixa-nos tão felizes, com vontade de acordar mais cedo, mesmo que chova tanto lá fora, com vontade de aproveitar cada recanto, cada milímetro de um espaço que nos traz paz. De cuidar, de organizar, de arrumar, de manter bonita. Arejada, limpa, bonita.
Deve ser por isso que as nossas casas têm sido sempre um work in progress. Nunca damos nada por definitivamente feito, arrumado, no sítio onde queremos. Gostamos de mudar, de ir mudando, de acrescentar ou retirar (somos mais de retirar, somos pelo mantra "menos é mais"), de saber que no dia a seguir, se tivermos tempo e paciência e vontade e espírito, mudamos aquela estante dali para aqui, aqueles livros mais para a esquerda, pomos mais almofadas, mais um cesto (ou muitos), um tapete novo ou renovado, um novo foco de luz que fará a diferença, mais plantas, mais coisas mimosas, mais bocadinhos de nós.

A casa é um bom espelho da essência de quem nela habita. Gosto que na nossa a palavra mudança seja uma variável. E que o amor seja a única constante.
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