quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Este post é sobre Amor #9

Diz-me mil vezes por dia que eu sou o amor dele. A amora do coração. Dá-me o maior abraço do mundo quando o vou buscar à escola. Diz que tem saudades, que me adora, que é o meu amor, o meu bebé e a minha vida. Repete tudo o que lhe digo. Repete tudo o que faço, da forma como faço, como digo, como mimo ou como me zango. Igual, igualzinho. 
Está numa fase que vai do maior mel do mundo à maior birra em minutos. Tão depressa faz tudo by the book, como põe tudo em causa e testa os limites. 3 anos. Quase 3 anos e meio. Faz parte e às vezes esqueço-me.
Eu, nós, engolidos tantas vezes pela vertigem dos dias, pelo tempo que escorre pelos dedos, vou fazendo um exercício com ele, à noite, no quentinho dos lençóis, quando somos só nós dois, lembrando quando ele tinha o tamanho do meu colo, ou antes, quando estava na minha barriga e era só meu, quando era o bebé mais texugo do mundo e tinha uma barriga de winnie the pooh (para onde foi aquela barriga gorda?), e uns pés que eram (são) a minha delícia e uns olhos que eram (são) o meu farol, e as mãos pequeninas que procuravam sempre as minhas.
E agora está alto, tão crescido, e fala tudo certinho, e tem uma voz forte e resposta para tudo, e diz por favor e obrigada sempre, e dá beijinhos, muitos, de bom dia e boa noite, continua a ter umas bochechas que apetece apertar, mas não gosta que eu o aperte e abrace assim do nada. Diz já chega, mamã e quer é correr, e pular, e saltar e abraçar a vida toda que traz dentro dele.
Há dias em que apetece (muito) carregar no pause da vida.