quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A história do Sal

Belmonte. Uma das vilas mais bonitas do mundo recebeu-nos há dois meses para alguém nos dizer que aquele cãozinho bebé era nosso, se o quiséssemos receber e amar e cuidar para o resto da vida. Alguém, que me lê há muitos, muitos anos, quis agradecer, desta forma, por tudo que fiz.
Fomos duas vezes a Belmonte, visitar o nosso querido urso, conversar e jantar e ficar com os nossos novos amigos (que parecem estar na nossa vida desde sempre). E se é verdade que ao longo dos anos tenho recebido muitos emails, palavras carinhosas de agradecimento, de alento, de força, de partilha e de inspiração de quem me lê, é verdade também que me sinto sempre sem jeito (apesar de  muito lisonjeada e feliz, mesmo feliz), sempre a achar que é mesmo muita generosidade. Afinal isto que escrevo sou só eu, o que sou, o que faço e como vejo a vida.
Desta vez, e porque a história de vida da A. é a mais bonita de sempre, de uma volta de 180º, de um grande exemplo de coragem, da força de acreditar e querer muito concretizar um sonho (vou levá-la como exemplo para um dos meus workshops), a forma de agradecimento (depois de ler que queríamos aumentar a família com um "mano" de quatro patas) foi dar-nos o Sal, confiar-nos o Sal, para sermos nós a cuidar dele e fazer dele um membro da nossa família. 
Para a A. este gesto foi simples e justo, pelo que queria agradecer de tantos anos de leitura e das palavras que a encorajaram a dar um salto de fé. Para mim foi o acto de amizade, e carinho, e bondade, e generosidade mais bonito e puro de toda a minha vida.
Obrigada, querida A. Uma e outra e tantas mais vezes, obrigada.