quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Bom dia, Alpes!

É bom poder preguiçar um bocadinho além das habituais sete da manhã. Acordar com um sol lindo, um cenário branco de silêncio e paz, poder tirar meia hora só para mim, alinhar pensamentos, repor energias, agradecer por tanto. Preparar um pequeno-almoço simples, de recuperação, olhar para a "agenda" dos dias que ainda temos nos Alpes e ter a certeza absoluta que quando voltarmos à velocidade dos dias, às nossas rotinas, à distância que nos separa, tudo, mas tudo mesmo, vai correr bem. Das muitas conversas que tivemos nestes dois dias de Natal, neste tempo de recolha e de conjugação do verbo ser (em família), há uma frase do meu pai (entre tantas outras que ficam gravadas do lado esquerdo do meu peito) que levo comigo: para quem se habituou a fazer o que tem de ser feito, a ousar descobrir, entre tentativas e erros, o equilíbrio o mais harmonioso possível dos dois mundos, a usar da resiliência como a arma de quem sabe esperar pelo resultado das suas lutas, esta pausa, pequena e ainda assim imensa, que a vida nos ofereceu, dá espaço para repetir de forma sentida e segura a nossa maior gratidão por tudo aquilo que somos, que nos deram, e que nos fez chegar aqui. Tudo o mais é a vida como ela é: perfeitamente imperfeita. Que nos desafia e nos obriga a reinventar em cada dia e assim, e só assim, sonhar e avançar. Com ou sem medo, mas sempre, sempre, sempre, com coragem e fé.