Esta manhã, enquanto explicava a ginástica
que tenho (temos) feito nos últimos dias para conseguir conciliar o trabalho, o Martim em casa, as formações às oito
da manhã e às sete da tarde, as reuniões do pai, os stresses normais de balanço
de ano, os novos desafios e as avaliações de desempenho, a nossa mudança para a
casa nova e uns quantos contratempos, os testes e o estudo apoiado, as rotinas
normais de qualquer família, ouvia-me argumentar que a única hipótese que tenho
para fazer alguma ginástica é levantar-me a horas que não lembram a ninguém, e tenho dias que acho que isto é um bocado loucura. E que esta loucura às vezes faz-me vacilar
e quebrar.
O ideal seria ter companhia. Alguém com os mesmos objectivos que
tenho e com a mesma vontade de entrar na espiral verde da vida mais saudável. E
alguém um bocadinho maluco, como eu, que quisesse correr ainda de noite, muito
antes do romper do dia, como era aqui há uns anos, em que não falhava uma única
aula de RPM às 7.15 e tinha a melhor companhia do mundo.
A solução é encontrar mecanismos de
motivação para continuar a ir sozinha. Fazer deste um objectivo como os outros que defino e dos quais não desisto por nada. Há dias em que isto é quase tortura.
Hoje, motivada pela manhã que tinha pela
frente e pela viagem de Alfa que uma pessoa especial fez para podermos, finalmente, reunir, fiz um grande rise and shine e fui feliz da vida. Com uma
boa banda sonora, uma corrida curtinha, uma caminhada em passo
rápido para recuperação activa, um pequeno-almoço reforçado para um dia
longo e os níveis de energia lá em cima.
Motivação. Mindset alinhado. Focar neste objectivo
como noutro qualquer, com a mesma força, empenho e determinação. Aceitar que
nem todos os dias terei a mesma vontade, a mesma força, a energia certa, e também está tudo bem.
Compensar. E acreditar que somos capazes. Porque somos. Se quisermos.