Domingo. Dia de descanso. Para quem? Para nós não, e por uma boa causa. Aliás, duas.
Começámos hoje, oficialmente (eles já começaram ontem) a levar coisas para a casa nova. Apesar de ser esta a fase que menos gosto numa mudança (encaixotar), o lado positivo que ela tem supera o número de vezes de me ponho a falar sozinha e em que entre-dentes digo mal da minha vida (e do menino Pedro, o grande impulsionador desta mudança). Mudar de casa obriga-nos (a todos) a escolher. A seleccionar coisas que já não usamos, que já não gostamos, mas guardamos, feitos tonis, e a manter apenas e só o que faz falta e o essencial. E este é o melhor mote para uma mudança, seja ela a que nível for: mantermos só o que nos faz falta, o essencial.
Entre muito pó, vassouras, baldes e esfregonas, há uma alegria que dá gosto ver e pela qual vale a pena acumular o cansaço da semana com este do fim-de-semana: a dos miúdos. Não falam de outra coisa e por eles, sobretudo pelo mano do Martim, ficávamos na casa nova já hoje. Mesmo sem camas, frigorífico ou mesas.
A verdade é que com sol e dias de muita luz, aquela casa querida que já nos faz tão felizes, apetece mais que tudo num dia de domingo, de família e de sossego numa varanda grande e de apaixonar.
Estamos a contar os dias.
Estamos a contar os dias.