sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pensar a tempo inteiro

E até conseguir parar dois dias (daqui a duas semanas) vai ser sempre assim.
Manhãs em que tenho um pacto com o Sol e me levanto ao mesmo tempo que ele, manhãs em que saboreio o meu pequeno-almoço sozinha na varanda enquanto vejo a vida começar lá fora e revejo mentalmente a minha agenda para o dia. Manhãs em corro para o duche, em que me arranjo em três tempos, em que os  contemplo antes de sair de casa, a dormir, todos tão morenos e de ar sereno, manhãs que corro, corro muito e procuro dar seguimento a todos os projectos que tenho em mãos. Manhãs em que só uma boa dose desta energia de ser apaixonada pela vida, da força de ser positiva e de andar mais feliz só porque ainda é verão e porque sim, chegam para terminar o dia ainda com energia e vontade de aproveitar o melhor do meu mundo: a família. São três horas entre o duche do final do dia, o jantar que é a minha terapia de descompressão e a minha meia hora de namoro com este amor que é cozinhar e aquele bocadinho que estamos todos sentados no chão da sala a falar de tudo e de nada. É pouco para as tantas horas que passamos longe uns dos outros na normal rotina dos dias. Mas prometemos fazer destas três horas tempo de qualidade, de conversa, partilha, coisas pequenas do dia-a-dia, graças e palhaçadas do Martim, perguntas e mimos do mais velho, brincadeiras no chão da sala e espaço para estarmos todos juntos.
Depois volto ao turno da noite. Trabalho mais duas horas e durmo as horas que faltam até o sol nascer de novo e começarmos tudo outra vez.

Procuro em cada dia manter o espírito que me apaixona em cada nascer do sol, em cada novo dia, em cada nova oportunidade: de espanto.