A culpa é minha. Assumo. Não tive, ainda, disponibilidade mental para me dedicar à causa como merece. Vou encontrando desculpas, e cenas várias, para protelar o processo. Ah e tal, nos feriados estamos em casa e montamos o derradeiro plano, chega o dia e nada. Ah e tal, nas férias é que é. Falta tantooooooo! Ah e tal, agora a criança está com gastroenterite, NEM PENSAR em desfralde. E ah e tal um monte de coisas e o tempo vai passando, vai passando e... nada. Fazemos umas tentativas, quando nos enchemos de coragem para a coisa e para a mentalização dos deslizes que vamos ter de limpar, mas só confundimos mais o miúdo. Uns dias é dia de ser crescido e largar a fralda e tu consegues filho e olha a cueca linda do super homem que adoras e não a queremos sujar, pois nãooooo? e depois há os dias em que assobiamos para o lado e nem tentativas fazemos. É uma fase do caraças, esta.
Claro que na creche fazem tudo certinho, têm a rotina toda estruturada, porta-se lindamente, e é só elogios. Chega a casa e muda o chip. Ou melhor, nós não mudamos o nosso chip e não lhe tiramos a fralda, como fazem na creche. E isto assim não dá.
Na sexta-feira passada levei o esperado (e justo) ralhete da Educadora. Querida, é sempre muito querida a minha Rita, mas directa ao ponto: o Martim está mais do que preparado para deixar a fralda, já assimilou o processo, mas têm de dar continuidade em casa a todo o trabalho que fazemos aqui. Toma e embrulha.
Maneiras que uma das nossas conversas no fim-de-semana foi para avançar com O plano de acção.
E é hoje, pessoas, é hoje! E eu já me vejo de esfregona na mão para todo o lado e a repetir-me em modo neurótica: "filho, queres ir fazer xixi? queres ir fazer cocó? queres, filho? queres? queres? queres?". Isso e pespegar com o miúdo na banheira a cada deslize. Ai caraças, caracinhas!
