O destino seria sempre este: o sudoeste alentejano. A praia seria sempre esta, a do Malhão. Os dias seriam passados entre a praia e a pequena casinha do Monte mais bonito do mundo. Os miúdos correriam sempre felizes e sem birras. Nós andaríamos sempre abraçados e de mãos dadas. A casa teria apenas o tamanho certo para a nossa família, os nossos amigos, os nossos sonhos e todas as estrelas que caberiam no alpendre quando à noite por ali ficássemos, sem pressas nem horários para nada.
Repetimos isto a cada volta pela nossa adorada Rota Vicentina. Há anos que o fazemos sem nunca nos cansarmos de o verbalizar, sem nunca perder o mesmo tom de entusiasmo e a mesma conjugação certa do verbo querer e do verbo acreditar.
Por agora vamos serenamente conjugando, por cá, o verbo esperar. Com doses infinitas de Amor [porque será sempre este o ingrediente extra que nos levará até lá], de trabalho, de dedicação e de fé. Em nós e nos nossos queridos sonhos.