segunda-feira, 25 de março de 2013

Mini-tufão em modo emancipação





Decidiu, de um dia para o outro, passar a chamar-nos Mãe e Pai. Ponto final parágrafo, porque ele é que sabe. 
Pede para ir à sanita como a Rita lhe ensinou. Mas ainda se esquece muitas vezes e não estamos completamente a salvo do planeta desfralde. Cada um tem o seu tempo, blá blá blá, temos de ter paciência.
Veste-se sozinho. Pronto, tenta. Confesso que de manhã tenho pouca paciência para estar a vê-lo dar trinta e cinco voltas às calças e enfiar as duas pernas no mesmo lado das ditas. Sim, devia ensaiar isto mais vezes, com tempo, para deixar que o meu miúdo se sinta crescido e orgulhoso por conseguir vestir-se sozinho.
Chega a casa, tira o casaco e os sapatos e vai arrumar. Fico sempre de boca aberta com o 'despachanço' da criança.
Come sozinho (bom, sempre comeu) e de faca e garfo usados comme il faut. É claro que o aspirador está sempre pronto a marchar a seguir a cada jantar. Mas isso são detalhes.
Fala cada vez melhor e de forma mais clara, refila muito (não faço a mínima ideia a quem sairá), conta  imensas histórias (e as Educadoras andam sempre na baila) e usa as mãos para se explicar (fica a coisa mais adorável do mundo!). 
Continua com os níveis de energia no máximo mesmo depois de um dia inteiro na Creche. Nunca tem sono, nunca quer ir dormir, há sempre vontade de mais um jogo, de mais um chuto na bola, de mais um lego, de mais uma história. Neste ponto não há emancipação que valha. [e também não sei a quem sairá...]