segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O regresso

Eu, a maior lamechas pirosona da Silva, estava cheia de receios sobre o regresso à Creche de dom Patim. Ai que o menino vai estranhar outra vez, ai que foram tantos dias em casa, ai que vai chorar, ai que não vai comer, ai mais isto e mais aquilo. O cúmulo do exagero, já sei.
Mas chorou. Não queria largar o pai por nada.
Mal o pai saiu a porta, liga a Educadora a dizer que estava óptimo da vida, todo sorrisos, todo brincadeiras com os coleguinhas. Um sonso.
Outra. Fez-nos fitas de meia noite para tomar a porcaria do antibiótico e a restante catrefada de medicamentos. Mas um tamanho alarido que parecia que o estavam a espancar!
Na escola? Foi só a Ritinha dizer: toma Martim, o teu xarope. Engoliu e pirou-se para a brincadeira. Como se toda a vida tivesse tomado medicamentos sem um ai. Mas que grande fiteiro!