sábado, 22 de janeiro de 2011

É. E depois fazemos uma retrospectiva e percebemos que somos, mesmo, uma espécie de nómadas

Os meus pais mudaram de casa algumas vezes, umas oito, pelas contas deles e pelas estórias que nos contam. Umas vezes porque a vida foi proporcionando novas oportunidades profissionais, outras porque a família ia aumentando, outras porque simplesmente queriam uma casa melhor. E eu comecei a contar essas mudanças, que sempre me deram tanto prazer, quando aos 15 anos nos mudámos para Lagos. Três anos depois estava em Lisboa. Dois anos depois de ter feito as pazes com a minha cidade, mudei-me para o Monte Estoril. Cinco anos depois estava de novo em Lisboa, na Graça. Por pouco tempo. Da Graça mudo-me para o Brasil, onde fico um ano. Do Brasil regresso a Lisboa, mais uma vez por pouco tempo: mudo-me para o Porto, onde fico mais um ano. Do Porto parto para Londres, de Londres volto para Lisboa, de Lisboa mudo para Madrid, por pouco tempo, e de Madrid parto para Genéve. De Genéve regresso a Lisboa. Aos arredores de Lisboa, mais concretamente do outro lado do Tejo.

Não sei o que a vida me reserva, não sei o dia de amanhã. Encaro as oportunidades como sempre fiz: com muito optimismo e vontade de ir mais além. Agora não estou sozinha e não me parece que fique[mos] por aqui...