Este é, para mim, um país especial. Um país que conheço tão bem como o meu, que me emprestou muito do que levo hoje na bagagem: mais conhecimentos, mais experiência de vida, mais cultura, mais respeito pelas diferenças, mais civismo que se aprende quando as regras que constituem os pilares de um país, são, de facto, aplicadas, mais horas de trabalho que me enriqueceram, sobretudo, como pessoa.
Levo um ano de amor e mimo junto dos que mais amo na vida. Um ano onde aprendi mais sobre mim, mais sobre a importância da família na minha vida (17 anos de distância interrompida apenas por pequenos períodos juntos, faz-nos perder, um pouco, a parte boa da dependência dos afectos de quem nos ama incondicionalmente) e onde senti, na pele, o que é amar à distância...
A distância terminou, as viagens frequentes também, as lágrimas de saudades, as conversas de horas e horas no bendito Skype fazem parte de um passado que se junta agora a um monte de letras escritas e sentidas para aquele que é o amor da minha vida, somado ao amor mais pequenino que trago dentro de mim.
Nunca poderei dizer adeus à terra da Heidi. É aqui que fica muito de mim e é aqui que volto, sempre, para matar saudades e ser abraçada como em mais lado nenhum. A diferença é que, agora, cada vez que voltar para vos abraçar, para matar saudades dos montes brancos, das raclettes, dos chocolates, da multiplicidade de línguas, dos amigos, dos dias de profundo silêncio e paz, volto com tudo o que vai fazer parte de todos os meus dias, de todos os meus sorrisos, de toda esta alegria que trago no coração: os meus amores, a minha família.
Sei que tivemos os nossos desentendimentos, querida Heidiland, mas o cansaço e as saudades falavam sempre mais alto e, apesar disso, tenho de reconhecer que me deste mais do que imaginei um dia ser possível. Sou-te grata e, por isso, levo-te naquele espaço que fica do lado esquerdo de mim, onde se guardam as pessoas e os sítios especiais.
Por agora é até já...
