Eu sei que é redundante dizer que tudo passa, o desgosto, a desilusão, a momentânea incapacidade para acreditar no amor e nos homens (pfffffffff), e que hoje, sem querer dar uma de muito forte, até agradeço a esses moços que cruzaram o meu caminho e me fizeram chorar as pedras da calçada.
A sério. É que se não fossem eles, como é que hoje eu podia saber tão bem o que quero e o que não quero? Como é que sem essas experiências eu me sentia mais segura e confiante em tudo aquilo que preciso, procuro num homem, num namorado, num marido, num pai para os meus filhos? Não é verdade? As más experiências só o são enquanto estamos a chafurdar no filho da mãe do desgosto que demora a passar. Depois de carpirmos todas as mágoas até nos conseguimos rir das situações.
Nunca vos aconteceu pensarem "ahahahaha, eu devia estar mesmo parvinha! como é que eu fui naquilo?". E eu acho que é esta capacidade que temos de nos rir de nós próprios e das situações que nos vão acontecendo, que faz de nós pessoas mais maduras, mais fortes e de espírito mais leve para enfrentar tantas outras situações em que um "Temos de falar" já não antecede uma crise de interiores (curada com Imodium Rapid) e uma parceria firme com a Klennex...
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P.S: e os amigos são o melhor do mundo para nos ajudar a sair rapidamente do desgosto; e o ginásio também é um grande amiguinho, transpirar que nem loucas, soltar tudo; e a música, e umas festas, uns concertos; e conhecer outras pessoas; e investir em nós e no nosso bem estar interior; e acreditar que a história da humanidade é feita disto: encontros e desencontros, amores e desamores. E que ao passarmos por coisas boas e menos boas estamos a viver e ao evitá-las, com medo de sofrer na pele mais um desgosto, apenas existimos. Não é para isso (existir) que andamos aqui. Seguramente.