quarta-feira, 10 de março de 2010

Há mulheres fantásticas, com blogues fantásticos (#5) - Ai que nervos!

"Conhecermos uma pessoa significa, entre outras coisas, que temos expectativas sobre ela: como será connosco, com os outros, consigo próprio, ... Essas expectativas criam-se num processo simples: conhecemos a pessoas, criamos uma imagem, esperamos que a pessoa aja de acordo com aquilo que (vemos que) é. Conhecemos mais um bocadinho e adequamos a imagem. Mas às vezes as pessoas não são como nós esperamos. Ou, mais comum, fazem coisas que não esperávamos. Às vezes é bom (ai, como são boas as expectativas baixas!), outras vezes apenas diferente, outras ainda é mau - aquilo a que chamamos desilusões. A desilusão é uma coisa triste, olhar para alguém que conhecemos há muito e ver nela coisas más que antes nunca lá estiveram e vê-las sobrepondo-se ao resto é azedo. Será que sempre lá estiveram e nós é que nunca vimos ou quisemos ver? Terá sido um momento de fraqueza em que aquela (nossa) pessoa sucumbiu a um capricho de malvadez? Ou, pior que tudo, seria aquela imagem que temos/tínhamos da pessoa apenas uma personagem do filme das nossas vidas, que idealizámos porque precisámos que assim fosse e nos esquecemos de actualizar, aproximando-a da realidade? E agora, se as expectativas são más companheiras, a desilusão é triste...que dizer da dúvida?"
Mnemósine, em "Ai que nervos!". Aqui.
Gosto da Mnemósine, gosto do que escreve, gosto do que me faz rir, gosto do que me faz reflectir, gosto dos Amores e dos Ódios, gosto das pequenas notas do dia-a-dia (sobretudo as que resultam dos episódios no Metro), gosto do blog, da simplicidade e elegância do lay out, gosto desta pessoa e sei (porque sei) que ela é uma mulher fantástica. E vale a pena ler mulheres fantásticas. E com sentido de humor.