"Por que já ninguém dança slow? As pessoas ainda se apaixonam, os livros que contam histórias de amor continuam no top de vendas, as comédias românticas mantêm as plateias cheias e os meios modernos de comunicação virtual estão pejados de corações a bater e de flores a nascer. O amor continua a vender, na moda, nas campanhas de perfumes, nas séries da Fox e nas novelas. Parece que andamos todos à procura do mesmo – todos queremos amar e ser amados, todos sonhamos com momentos cinéfilos perfeitos, um a correr em direcção ao outro em câmara lenta num prado verdejante ou numa praia tropical, e a magia desses eternos clichés mantém o nosso coração fresco e em constante processo de reciclagem.
Mas, então, por que passamos mais tempo a conversar por chat do que sentados no sofá ao lado uns dos outros, por que nos é cada vez mais fácil teclar ‘amo-te’ e mais difícil dizer a quatro olhos ‘gosto de ti’?"
Crónica MRP no Sol
P.S: e aqui para nós, que ninguém nos ouve, eu adorava, e sou do tempo, em que se dançava slow's... aliás, do tempo em que se dançava a sério.