quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Coisas que eu, também, não entendo

"Por que já ninguém dança slow? As pessoas ainda se apaixonam, os livros que contam histórias de amor continuam no top de vendas, as comédias românticas mantêm as plateias cheias e os meios modernos de comunicação virtual estão pejados de corações a bater e de flores a nascer. O amor continua a vender, na moda, nas campanhas de perfumes, nas séries da Fox e nas novelas. Parece que andamos todos à procura do mesmo – todos queremos amar e ser amados, todos sonhamos com momentos cinéfilos perfeitos, um a correr em direcção ao outro em câmara lenta num prado verdejante ou numa praia tropical, e a magia desses eternos clichés mantém o nosso coração fresco e em constante processo de reciclagem.
Mas, então, por que passamos mais tempo a conversar por chat do que sentados no sofá ao lado uns dos outros, por que nos é cada vez mais fácil teclar ‘amo-te’ e mais difícil dizer a quatro olhos ‘gosto de ti’?"
Crónica MRP no Sol
P.S: e aqui para nós, que ninguém nos ouve, eu adorava, e sou do tempo, em que se dançava slow's... aliás, do tempo em que se dançava a sério.