domingo, 29 de novembro de 2009

Para quem lê a Happy (Woman)

Ó moças (e moços, mas menos, só alguns espreitam a Happy, que eu sei), estava aqui a pintar as minhas unhas (que estão a ficar que é um mimo, com este jeitinho de mãos que deus me deu...) e a pensar: é de mim ou a Revista Happy está a ficar cada vez mais virada para dicas sobre sexo, o sexo é que é, swing, trocas e baldrocas, maratona do sexo, os signos e o sexo, fazer sexo com estranhos, as aventuras do sexo, sexo com anões, sexo aqui e acoli e mais sexo a toda a hora que isso é que é bom? Hum?
Eu já não lia a Happy há algum tempo e fiquei desiludida com os conteúdos que me pareceram muito tendenciosos (e em tudo iguais a tantos outros números, tipo mais do mesmo). Não sei como têm sido os últimos números, mais concretamente os últimos seis números - desde que estou aqui -, mas deste (Novembro) eu não gostei.
E depois, consumida e isaurida (e sem nada de jeito para fazer, vê-se logo), dou por mim a perguntar: e porque é que as modelos da capa têm sempre um ar tão pouco happy? E são sempre tão escanzeladas e parecem tão irreais?
Eu gosto de ler a Happy (não sei se gosto ou se gostava), sobretudo na parte das sugestões de espaços de lazer, SPA's, escapadelas, restaurantes, moda e um ou outro artigo mais engraçado. Mas daí a considerá-la a melhor revista feminina porque é a que tem maior tiragem no mercado português, deixa-me com algumas (muitas) reservas. Estaremos nós a ficar cada vez mais hedonistas? Prontinhos a aderir a uma postura de busca do prazer imediato e do pragmatismo na gestão do nosso capital mais importante, o dos afectos? Hope not. We are happy people, right? Seja lá o que isso for para cada um de nós.