quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Otárias vs. Boazinhas

Há pessoas que têm uma subtileza de um elefante ao confundir pessoas disponíveis com otários. Que acham que as pessoas flexíveis, que dão duro na labuta e que não viram a cara a mais um sábado ou serão de trabalho, porque é preciso, porque há mais clientes e porque faz parte do "jogo" (na minha perspectiva) mostrar algum poder de encaixe se queremos manter aquele que hoje em dia para tantos parece mais uma miragem do que uma realidade: o emprego, são pau para toda a obra e que de vez em quando também se podem passar, depois de muitos sábados a trabalhar e nada em retorno,
O meu chefe faz parte desse gang, dos que com uma subtileza de elefante, confunde disponibilidade com "otarice". Pois. E eu, de quando em vez, lá tenho de lhe dar a entender que devia mudar as lentes e perceber que, apesar de ele se achar um grande lobo, de ter a faca e o queijo na mão e de pensar que come a malta por parva, aqui à frente dele não está nem a capuchinho vermelho, muito boazinha e sempre de cesto na mão pronta para ir aos recados, muito menos a avozinha que acaba sempre por ser papada por tótó.
Hoje foi a revolta, velada, do proletariado. Moi.