terça-feira, 27 de outubro de 2009

É um bilhetinho para Lisboa, faz favor

Isto está grave e eu estou deveras preocupada. Os meus colegas espirram em sintonia, dizem ter uma "pontinha" de febre, tossem de tal maneira que parece que os olhos vão saltar e não quiseram almoçar porque lhes "custa a engolir". (...)
Estão a pensar no mesmo que eu? Pois, e por ter pensado nisso perguntei-lhes assim ao de leve "moços, não querem dar ali um saltinho ao CAT aqui da neve, hum? Só assim para ficarmos todos descansados e prosseguirmos alegres e contentes com a nossa vidinha, hã? Que dizem?". Não, dizem eles em sintonia, não é preciso, estamos só constipados, já tomamos anti-gripine (que deve fazer uma grande coisa, deve) e não-sei-quê-não-sei-que-mais para a garganta, tipo melhoral... certo, certo - já transpiro de medo e tenho a certeza que os meus colegas fazem parte dos 5% dos suiços que estão contra a vacinação. Boas notícias, portanto.
Se juntarmos a este cenário epidémico as unhas de gel (com purpurina castanha) da minha colega B a baterem no teclado desalmadamente, adicionarmos uma pitada do meu colega G. a fungar de tal maneira que se ouve na rua e a gastar Kleenex como se fosse dono da Renova (ou whatever), ponderavam seriamente pirar-se para Lisboa ou nem por isso? Lutavam estoicamente contra um possível inimigo chamado Gripe A, ou continuavam optimistas que ah e tal isto é só uma constipaçãozita, hum?
Pelo sim, pelo não lavo as mãos de cinco em cinco minutos e ando (disfarçadamente) com um lenço (vermelho) a tapar a boca e o nariz. Discreta, portanto.