Que há traições (hoje falaram-me de pequenas traições... hã?) que não se perdoam. Acho que quando se ama não se trai. Acho que quando não estamos bem com a pessoa com quem partilhamos a vida, devemos falar, não trair. Acho que quem amámos (e já não amamos) merece o nosso respeito. E acho que é tudo uma questão de tempo até que as borboletas da nova paixão passem e que aquilo que nos levou a trair e a não ser transparentes e frontais com quem merecia, passem a ser aguçados espinhos onde deitamos todos os dias a nossa consciência.
Também sei que há pessoas que não têm consciência. Mas acho que essas não contam.
Acho, só acho. Não tenho a certeza. Porquê? Porque nunca passei por nada disto. Mas já vi pessoas de quem gosto muito sofrerem horrores por terem sido traídas. Já dei a mão a pessoas que amo que estavam desesperadas com a dor da traição, da mentira, da falsidade e do cinismo.
Não sei o que faria se fosse traída. Mas acho que tal como aconteceu com (algumas) amigas minhas, não seria capaz de perdoar. Por uma razão muito simples: chama-se confiança. E eu, sem ela, não sei viver.