Eu, quando não estou feliz, mudo de rota. Sempre.E com um GPS emocional que me guia sempre de forma imprevisível, a vida tem sido uma verdadeira surpresa. A maior parte das vezes, boa. Muito boa. Surpreendentemente boa. Porque tudo o que é mágoa, desilusão e desamor fica lá atrás. E, sobretudo, porque eu, quando inicio uma nova viagem, não levo bagagem. Nada. Zero. É tudo novo, tudo sol, tudo música, tudo flores e tudo vontade de ser feliz. Muito.
Se isto tudo implica coragem? Sim, alguma. Mas a vida tem alguma piada se não for vivida assim? A vida tem alguma graça se não arriscarmos cair, se não arriscarmos sentir?
O salto pode ser sem rede, a queda pode ser brutal, mas o que sentimos entre o voo e a eventual queda compensa todos os arranhões, todas as "nódoas negras" e os muitos kilos de Hirudoid que temos de aplicar para voltar a ficar sem manchas na pele. Sem manchas em nós.
Vale a pena. Eu, continuo a acreditar.
