"O meu marido dá-me um tau tau de vez em quando. Assim umas palmaditas de mão cheia, que ficam marcadas no tutu. E chama-me nomes, daqueles feios, e eu gosto."
E esta conversa surge no meio de um comentário sobre um texto da Happy, que fala de masoquismo, maluqueiras, gente-respeitosamente-alucinada e afins.
E eu, que sou uma princess (cof cof cof), fiquei com a minha cara de pescada cozida e meio sem saber o que dizer a esta pequena, que no alto da sua aparência inofensiva, vem com estas ideias e conversas tão modernas* (?) - é preconceito, pois é, mas eu nunca diria que esta miuda com ar de santinha gostava de levar umas pêras, vá.
Modernices ou pancadas, confesso que não acho piada. Nem ao tau tau, nem a nomes obscenos com contornos de peixeirada que transformam aquele que devia ser um acto de amor e de prazer, num apregoar de sardinhas, carapaus e robalos ali pró mercado do Bulhão, com direito a pegar nos ditos pelas guelras e abaná-los até ficarem moles. Mais um bocadinho e dizia-me que gostava que o marido lhe gritasse "ó freguesaaaaa!". Que medo!
Porradinha da boa? Não, meus amores, para mim não, obrigadinha.
* - digam-me que vocês também não gostam de tau tau, sim? só para eu me sentir menos alien...