domingo, 28 de junho de 2009

Ser mulher é... lixado, vá

E dizia uma amiga minha hoje "estou tão cansada desta pressão gigante que a sociedade imputou às mulheres! É demais!". E o certo é que há, de facto, três pressões (há mais, mas deixem lá) sobre nós, que nos perseguem desde sempre e (hope not) para sempre: - Casar e ter filhos - Andar na moda (!), o que hoje se chama ser fashion - Ser magra Casar e ter filhos é um verdadeiro drama. Se a mulher passa a barreira dos 30 e ainda não casou nem tem namorado e não se vislumbra vir a ter tão cedo (just like me)... é uma coitada. É fria e a raiar o "estranha" porque só pensa em trabalho, sair com as amigas, viagens, roupas e compras. Uns amiguinhos coloridos aqui ou acolá, mas não passa disso porque (dizem essas mentes iluminadas) elas não querem compromissos. As chamadas doidas, vá. Convenhamos que esta versão negra é bem redutora, hum? Mas convenhamos, também, que existem algumas mulheres assim. E também sei que muitas das consequências que sofremos hoje, neste século, são culpa nossa, mulheres, e só nossa e do que permitimos lá "atrás".
Ser fashion. Em relação a este ponto só tenho a dizer o seguinte em abono da (minha) verdade: não sou fashion victim. Não sou Moda Lisboa follower, não sou mega-ultra-bla, bla,bla entendida em vestidos e sapatos e carteiras e na-ni-na-na e muito menos com vontade de vir a ser... that's me. Adoro roupa, carteiras e sapatos, mas nunca poderia ser comentadora de moda, ao estilo desta mulher poderosa e desta giraça que adoro. Gosto das mulheres que têm um estilo próprio, que não são escravas de marcas e que tanto vestem na Zara como na Fashion Clinic (que, btw, tem coisas lindas de morrer, já viram?). Ser magra. Ora cá vamos nós ao busilis da questão de tantas mulheres. Sendo eu do género Bridget Jones (versão morena), tenho a dizer que não sou fã de pessoas de extremos: das que não comem, só bebem água e trincam ao almoço dois bocadinhos de alface ou maçã (as duas coisas não, é muito) e outros dois bocadinhos ao jantar, e dizem passar bem sem comida. Eu não acredito nisto, mas pronto. E das que comem como se o mundo acabasse amanhã e enfardam bolos e bolachas e quindins e-tudo-e-tudo de manhã à noite. É tudo uma questão de equilíbrio, e eu bem sei (e sofri na pele) os danos que muitas alterações emocionais/hormonais causam ao nosso bem estar e como isso se reflecte na tendência para o exagero - seja ele por excesso ou por defeito. É a incessante busca da perfeição que nos torna, tantas vezes, pessoas stressadas, a dar pró deprimidas, meio tadixas e com baixa auto-estima.
Mas mulheres, minhas grandes queridas, aceitai que a imperfeição tem o seu quê de belo! Olhai para os pequeninos defeitos (mínimos) que têm (temos) como encanto para a maioria dos homens. Para aqueles homens que são reais, para aqueles que são normais e que nos amam com tudo o que temos. Mesmo aquele pequeníssimo (quase invisível) rasto de celulite algures perdido entre as nossas ancas e o belo do rabo. Perguntai aos homens das vossas vidas, perguntai, se isto não é verdade, verdadinha.